Com intuito de minimizar a pressão antrópica ocorrente nas áreas de florestas secas do semiárido, percebe-se a necessidade de iniciar estudos por meio de plantios puros ou mistos com espécies lenhosas nativas e/ou exóticas que possam proporcionar múltiplos produtos (madeireiro e não madeireiro) a sociedade. Diante disso, o objetivo do presente trabalho vem sendo avaliar o crescimento, adaptação e viabilidade técnica para implantação de futuras florestas em ambiente semiárido do Rio Grande do Norte. O experimento foi instalado na fazenda experimental Rafael Fernandes, pertencente à Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), na região do semiárido Potiguar, localizada na zona rural de Mossoró. A classificação climática, segundo Köppen, é do tipo BSwh’, caracterizada como seca e muito quente, com temperatura média anual de 27,5°C; e pluviosidade média anual de 788 mm, concentrados entre os meses de fevereiro e maio. O solo predominante na área é do tipo Argissolo Vermelho-Amarelo. As espécies escolhidas para o experimento foram, Acacia mangium (Acácia), Eucalyptus camaldulensis (Eucalipto), Libidibia ferrea (Pau Ferro), Mimosa caesalpinaefolia (Sabiá), Moringa oleífera (Moringa), Cenostigma pyramidale (Catingueira) e Tectona grandis (Teca). O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso, sendo composto por quatro blocos, sete espécies e 16 indivíduos por bloco. O espaçamento adotado foi de 3 x 2 m. Foi feita à avaliação da altura total, diâmetro a altura do peito, e sobrevivência, por meio de consulta a planilha de campo e uso da régua telescopia e fita diamétrica. Calculou-se o volume médio para cada espécie aos 18 meses de idade. Para os cálculos de estimação do volume utilizou-se fator de forma especifica para cada espécie. Observou-se aumento significativo nos incrementos ao longo do tempo (entre 12 e 18 meses) para Eucalipto e Moringa. O Eucalipto alcançou um volume médio por individuo de 0,0143 m3, e incremento de 67% no intervalo de seis meses; a Moringa obteve média de 0,0147 m3, incremento de 15%. Para a Teca e a Acácia calculou-se valores médios por indivíduo de 0,0047 e 0,0053 m3, respectivamente; as espécies nativas, Sábia, Pau-ferro e Catingueira, os valores médios foram de 0,0014; 0,0002 e 0,0001m3, respectivamente. Até o momento as espécies exóticas (Eucalipto, Moringa e Acácia) vêm demostrando potencial para serem utilizadas em plantios no Semiárido potiguar, para fins madeireiros, com vistas ao setor energético, visto o elevado poder calorífico de ambas, exceto, a Moringa, no qual é amplamente utilizada para forragem, produção de chás e medicamentos, e possui um enorme potencial apícola. Em relação ao crescimento, as espécies nativas têm apresentado volume inexpressivo quando comparado às espécies exóticas. É necessário observar o experimento por maior período para que possa atestar confiabilidade nos números e parâmetros. O comportamento incipiente de algumas espécies exóticas podem estar relacionado a variações de adaptabilidade as condições climáticas da região.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas